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22 de março de 2008

DESERTO



Etimologia
A palavra deserto provém do latim desertus, particípio passado de deserĕre, cujo significado é "abandonar
Deserto é uma região que recebe pouca precipitação pluviométrica
Como conseqüência, os desertos têm a reputação de serem capazes de sustentar pouca vida. Comparando-se com regiões mais úmidas isto pode ser verdade, porém, examinando-se mais detalhadamente, os desertos freqüentemente abrigam uma riqueza de vida que normalmente permanece escondida (especialmente durante o dia) para conservar umidade. Aproximadamente dois nonos da superfície continental da Terra são desérticos.
As paisagens desérticas têm alguns elementos em comum. O solo do deserto é principalmente composto de areia, e dunas podem estar presentes. Paisagens de solo rochoso são típicas, e refletem o reduzido desenvolvimento do solo e a escassez de vegetação. As terras baixas podem ser planícies cobertas com sal. Os processos de erosão eólica (isto é, provocados pelo vento) são importantes fatores na formação de paisagens desérticas.
Os desertos algumas vezes contêm depósitos minerais valiosos que foram formados no ambiente árido ou que foram expostos pela erosão. Por serem locais secos, os desertos são locais ideais para a preservação de artefatos humanos e fósseis. Sua vegetação é constituída por gramíneas e pequenos arbustos, é rala e espaçada, ocupando apenas lugares em que a pouca água existente de se acumular (fendas do solo ou debaixo das rochas). A Fauna predominante no deserto é composta por animais roedores (ratos-cangurus), por répteis (serpentes e lagartos), e por insetos. Os animais e plantas têm marcantes adaptações à falta de água. Muitos animais saem das tocas somente à noite, e outros podem passar a vida inteira sem beber água, extraindo-a do alimento que ingerem.


O vocábulo "deserto" pode ser encontrado 36 vezes como adjetivo e 284 como substantivo, no Antigo Testa­mento. -Já no Novo Testamento, a mesma palavra aparece 12 vezes como adjetivo e 36 como substantivo.
A palavra hebraica mais traduzida como deserto é "midbar". Ela tem vários significados: região plana e apropriada à criação de gado; área meio fértil e meio árida: e deserto propriamente dito. Eis mais alguns termos hebraicos traduzidos como deserto: "yesimon" - território desértico; "orbáh" - aridez, desolação, ruína (castigo divi­no); "tohu" - vazio; "siyyah" - terra árida.Atualmente, contudo, o termo deserto designa, segun­do a Enciclopédia Mirador, regiões de escassas precipita­ções e nas quais a cobertura vegetal é praticamente nula ou, então, está reduzida a algumas plantas isoladas. En­contramos mais estas informações na Mirador: "A insufi­ciência das precipitações, quer sob o aspecto quantitativo, quer do ponto de vista de sua distribuição no decorrer do ano, é a característica mais importante das regiões secas. É difícil encontrar um limite numérico para especificar as regiões secas,* por causa da complexidade dos fatores atuantes. Tentou-se delimitar o Saara pelo isoketa de 10 mm e as regiões áridas pela de 250 mm. Mas tais cifras não possuem valor geral, porque a aridez e, principalmente, a semi-aridez se manifestam em regiões com 50 mm ou mais de precipitações, como o Nordeste brasileiro, que recebe, por vezes, quantidades superiores a 750 mm. Há uma gra­duação de aridez, que se estende desde os desertos quase absolutos, denominados de 'tonezrouft' no Saara, até os desertos relativos, localizados nas áreas limítrofes com as regiões úmidas. Além da deficiência das precipitações, é preciso lembrar a sua irregularidade, que se torna maior à medida que a região é mais árida. A presença de camadas de ar geralmente muito seco e sem nuvens, e o solo desnu­do, cujo aquecimento aumenta a radiação (e, em conse­qüência, provoca intensa evaporação), são as causas prin­cipais do déficit que caracteriza a aridez."
Os principais desertos citados nas Sagradas Escritu­ras localizam-se no Sul e no Oriente de Israel. Agrupam-se os primeiros na Península do Sinai. Os outros, encontram-se nas outras regiões do país. Veremos, pois, como o povo de Deus conviveu com essas inóspitas áreas.


I - DESERTO DO SINAI
Os filhos de Israel caminharam no deserto durante quarenta anos. Nesse período, aprenderam a conviver com as agruras do Sinai. Não obstante a aridez daquele solo, nada lhes faltou. Supriu-lhes o Senhor todas as necessida­des. Durante essas quatro décadas, os israelitas deixaram de ser um bando de escravos e transformaram-se em uma forte e robusta nação.
O Deserto do Sinai recebe, ainda, estes nomes: Sur, Para, Cades, Zim e Berseba. Os geógrafos descrevem-no como um colossal deserto. Vai do Noroeste da península do mesmo nome ao golfo do Suez. Essa região constitui-se de um maciço montanhoso. Nesse lugar, recebeu Israel a lei de Moisés.
II - DESERTO DA JUDÉIA
As áreas localizadas do Leste dos montes de Judá ao rio Jordão e ao mar Morto formam o deserto da Judéia. Subdivide-se este em vários desertos sem importância: Maon, Zife e En-Gedi. Nessa árida região, perambulou Davi quando era perseguido pelo rei Saul.
Eis mais alguns desertos de Judá: Tecoa e Jeruel. Nesse território, o rei Josafá obteve estrondosa vitória sobre as forças moabitas e amonitas. Nessa mesma região. o profeta Amos exerceu o seu ministério e João Batista cla­mou contra seus reticentes contemporâneos.
III - DESERTOS DE JERICO, BETE-ÁVEN E GA-BAOM
O deserto de Jerico fica no território benjamita. Esse desolado território forma, segundo descreve o pastor Tognini, um longo desfiladeiro rochoso de cerca de 15 quilôme­tros que desce de Jerusalém a Jerico. Nessa área, há mui­tas cavernas, nas quais escondem-se malfeitores. Essa re­gião serviu de cenário para a Parábola do Bom Samaritano, contada por Jesus Cristo.
Bete-Áven e Gabaom são outros importantes desertos de Jerico. Em Gabaom, por exemplo, obteve Josué impor­tante vitória sobre os inimigos dos israelitas.

IV - ISRAEL VENCE OS DESERTOS
Cinqüenta por cento das terras israelenses compõem o Deserto do Neguev. No entanto, o moderno Estado de Israel está vencendo a aridez de seus desertos e transforman­do-os em uns vergéis.
O pastor Abraão de Almeida compendia estas infor­mações acerca do reflorescimento das áreas desérticas da Terra Santa: "Os progressos obtidos por Israel na transfor­mação do Neguev em um jardim regado são, de fato, im­pressionantes. Desde o início da década de 80 vêm sendo aplicados mais de três bilhões de dólares na construção de estradas, aquedutos e linhas de comunicação, a fim de abrigar novas instalações militares e cerca de uma centena de novos povoados agrícolas. E a chave para toda essa revi­talização do deserto reside no aumento das fontes hidrológicas. Há inclusive, um projeto arrojado, que objetiva con­duzir mais que um bilhão de toneladas de água por ano do Mediterrâneo para o mar Morto, através de um canal cor­tando o Neguev. Esse grande canal levaria água fresca à indústria local e água dessalinada aos agricultores, além de resolver um sério problema: a alarmante evaporação das águas do mar Morto, que pode mesmo morrer, se pro­vidências sérias não forem tomadas."





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