O adjetivo "Leigo" revela ignorância ou pouca familiaridade com determinado assunto, profissão etc., desconhecedor, inexperiente. Neste entendimento aquele que recebeu ordens sacras, religiosa, seja qual confissão seja também é leigo, porque se limita a conhecer apenas uma área do conhecimento, assim como todos nós em regra geral, quem é Cátedra o suficiente para conhecer sobre tudo?
Não é necessário fazer parte de uma ordem religiosa para ser uma pessoa conhecedora de teologia, de bíblia ou ser entendido sobre os atributos de Deus.
O Clero em muitas das vezes tem se mostrado cada vez mais desinformado quando ignora o intelecto e a boa formação do povo a qual lidera. Esta palavra 'LEIGO" foi usado sobretudo na Idade Média para diferenciar o povo muitas vezes iletrado que não tinha acesso à Bíblia, assim, a conotação de leigo, na verdade, é pejorativa, quando estudada sua origem: a palavra laos significa "missa", "multidão", "agregado social", mas no grego clássico, porém, o sentido é de "povo inferior", "multidão inferior". Laós, povo nada mais é aqueles que não fazem parte das decisões das instituições.
Em traduções latinas e nos sinônimos empregados para expressar o significado de laikós,leigo também tem os seguintes sentidos: "idiota", "iletrado", "secular", "plebe".
Em nossas igrejas anda existe esta palavra tão pejorativa de chamar as pessoas de leigos, é contra os ensinos de Jesus, contra as escrituras e também é contra a reforma religiosa. O sacerdócio universal dos crentes implica que na igreja não há pessoas especiais. Aquelas que são revestidas de um papel de liderança não são especiais. Para edificarem a igreja, receberam dons, que todos recebem, embora em áreas diferentes.
Para complementar este raciocínio, por favor leiam o documento neste link:
http://www.centroestudosanglicanos.com.br/bancodetextos/teologiaanglicana/a_extincao_do_termo_leigo.pdf
Oseias de Lima Vieira
Bacharel em Teologia
Bacharel em Direito
Licenciado em Geografia
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